sexta-feira, 11 de março de 2016

Sentimento

O sentimento acontece naturalmente, não é obrigatório nem tem que ser forçado.



António Variações "sempre ausente"

Diz-me que solidão é essa
Que te põe a falar sozinho
Diz-me que conversa
Estás a ter contigo

Diz-me que desprezo é esse
Que não olhas para quem quer que seja
Ou pensas que não existes
Ninguém que te veja

Que viagem é essa
Que te diriges em todos os sentidos
Andas em busca dos sonhos perdidos

Lá vai uma luz
Lá vai o demente
Lá vai ele a passar
Assim te chama toda essa gente

Mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar

Diz-me que loucura é essa
Que te veste de fantasia
Diz-me que te liberta
Que vida fazias

Diz-me que distância é essa
Que levas no teu olhar
Que ânsia e que pressa
Tu queres alcançar

Que viagem é essa
Que te diriges em todos os sentidos
Andas em busca dos sonhos perdidos

Lá vai uma luz
Lá vai o demente
Lá vai ele a passar
Assim te chama toda essa gente

Mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar

Mas eu estou sempre ausente e não conseguem alcançar
Não conseguem alcançar

segunda-feira, 7 de março de 2016

Aprender a viver

A vida ensina-nos a conviver com uns e a sobreviver sem outros.


Mafalda Veiga - " Restolho "

Geme o restolho, triste e solitário
A embalar a noite escura e fria
E a perder-se no olhar da ventania
Que canta ao tom do velho campanário

Geme o restolho, preso de saudade
Esquecido, enlouquecido, dominado
Escondido entre as sombras do montado
Sem forças e sem cor e sem vontade

Geme o restolho, a transpirar de chuva
Nos campos que a ceifeira mutilou
Dormindo em velhos sonhos que sonhou
Na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
Semear no pó e voltar a colher
Há que ser trigo, depois ser restolho
Há que penar para aprender a viver

E a vida não é existir sem mais nada
A vida não é dia sim, dia não
É feita em cada entrega alucinada
Para receber daquilo que aumenta o coração

Geme o restolho, a transpirar de chuva
Nos campos que a ceifeira mutilou
Dormindo em velhos sonhos que sonhou
Na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
Semear no pó e voltar a colher
Há que ser trigo, depois ser restolho
Há que penar pra aprender a viver

E a vida não é existir sem mais nada
A vida não é dia sim, dia não
É feita em cada entrega alucinada
Para receber daquilo que aumenta o coração

quarta-feira, 2 de março de 2016

Do lado de cá

A vida é maravilhosa, quando não existe medo de a viver intensamente.


Eu Sou Feliz- Virgem Suta

Do lado de lá, não dá para te ver
Do lado de lá, não dá para te encontrar
Do lado de lá, não sou feliz

É perto de ti que quero estar

Do lado de cá, vivo nas nuvens
Do lado de cá, fico a levitar
Do lado de cá, eu sou feliz

E sonho contigo assim ficar
Eu sou feliz
Eu sou feliz

Perto de ti, e é bom, é bom estar

Do lado de cá, não há problemas
Do lado de cá, vão-se os dilemas
Do lado de cá, já sou feliz

É tão bom amar, diz-me ao ouvido diz

Eu sou feliz
Eu sou feliz
Perto de ti, e é bom, é bom estar

Vamos gritar ao mundo
Eu sou tão feliz

Eu sou feliz
Eu sou feliz
Perto de ti, e é bom, é bom estar