segunda-feira, 25 de abril de 2016

Expressões Únicas




Martim Vicente - Em Tempos

Em tempos sós, é quando pedaços de amor batem à porta
Em tempos sós, é quando a palavra liberdade parece prisão
Em tempos sós, o relógio avança sem ponteiros de segundos
Em tempos sós, o meu sorriso fraqueja

Em tempos a sós, descobrem-se sorrisos e expressões únicas
Em tempos a sós, a liberdade serve de escudo e de lança
Em tempos a sós, parece que a história ainda agora começou
Em tempos a sós, como criança ansioso por te ver

'Olá' dizes tu sem pedir permissão ao meu coração para entrar
E a minha mão quer tatuar no teu corpo, que me seduz,
A luz que me pedes ao ouvido para apagar

Em tempos, nós, olhámos um para o outro à espreita da janela
Em tempos, nós, sonhámos um com o outro sem Freud perceber
Em tempos, nós, contámos o sonho às orelhas alheias
Em tempos, nós, pensámos na situação

Em tempos após, acreditei que a liberdade tinha teu nome
Em tempos após, juraste que o meu nome era prisão
Em tempos após, fechaste a janela que nunca quiseste abrir
Em tempos após, como criança ansioso por te ver

‘Olá! ‘, dizes tu sem pedir permissão ao meu coração para entrar
E a minha mão quer tatuar no teu corpo, que me seduz,
A luz que me pedes ao ouvido para apagar

Em tempos houve momentos em que acreditei que os ventos da tua raça se podiam misturar com o meu ser.
Mas a luz que apaguei fez a chuva limpar a minha tatuagem no teu corpo sem luz

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Enquanto houver ventos e mar






Jorge Palma - A Gente Vai Continuar

Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem á batota
Chega a onde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo

Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Pronto a respirar

Ilha da Fuseta 




                                                      Nesta Praia não se deixa nada, a não ser pegadas
                                                      Nesta praia não se leva nada, a não ser saudades 
                                                      Nesta praia não se mata nada, a não ser o tempo
                                                      Nesta Praia não se tira nada, a não ser fotografias


Amor Electro - Mar Salgado

Quase perto
Quase a ter-te amor
Quase certo
Já sinto o sabor
Já não durmo
Já nem falo em dor
Eu desperto
Já vejo o calor

Sei de cor o prazer de voltar
É contigo afinal
Vou perder-me de vez sem pudor
Já vejo o amor

Cai neste abraço que é só teu
Que é tão forte o meu desejo
Mar salgado no meu beijo
Vem
Faz de conta que és só meu
De um adeus que não se encontra
Mar salgado de revolta

Quase perto
Quase a viajar
Mergulho incerto
Pronto a respirar

Sei de cor o prazer de voltar
É contigo afinal
Vou perder-me de vez sem pudor
Já vejo o amor

Cai neste abraço que é só teu
Que é tão forte o meu desejo
Mar salgado no meu beijo
Vem

Faz de conta que és só meu
De um adeus que não se encontra
Mar salgado de revolta

Cai neste abraço que é só teu
Que é tão forte o meu desejo
Mar salgado no meu beijo
Vem
Faz de conta que és só meu
De um adeus que não se encontra
Mar salgado de revolta

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Sigo



Hoje Eu Não Sou - David Fonseca

Abre os olhos são seis da tarde
De um dia que já passou
Acordei dentro de um corpo dormente
Tão igual ao que se deitou

Hoje eu não sou
Transparente tão ausente
Já esqueci tudo o que lembrei
Hoje eu não sou
Quase nada alma apagada
E tenho tanto que ainda não dei

Saio de casa passo apressado
Mas não sei bem para onde vou
Sigo a calçada, mas está desfocada
Tanta gente que aqui já passou

Hoje eu não sou
Quase morto controlo remoto
Sou boneco à tua mercê
Hoje eu não sou
De joelhos bola de espelhos
Dá-me luz mas nunca me vê

Hoje eu não sou
Hoje eu não estou
Sou um fantasma de um desejo
Sou só uma boca sem teu beijo
Hoje eu não sou
Hoje eu não estou
Sou uma chaga sempre aberta
E o teu abraço só aperta onde eu não sou

Ponho dois pratos na mesa um retrato
Em que sorris para quem o tirou
Faço as perguntas dou as respostas
Tu já foste eu ainda aqui estou

Hoje eu não sou
Já deitado farol apagado
Quarto escuro não sei de quem
Hoje eu não sou
Uma prece só reconhece
A tua voz e a de mais ninguém

Hoje eu não sou
Hoje eu não estou
Sou um fantasma de um desejo
Sou só uma boca sem teu beijo
Hoje eu não sou
Hoje eu não estou
Sou uma chaga sempre aberta
E o teu abraço só aperta onde eu não sou

O teu abraço só aperta onde eu não estou

Onde estás
No escuro eu não te vejo
Tudo me faz
Lembrar de ti mas não te tenho

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Vale Figueira-Costa Vicentina-Algarve 



Sebastião Antunes e Quadrilha - Ninguém é Dono do Mar

Se eu um dia não voltar
Desenha o meu nome no chão
Pede um desejo às ondas do mar
E guarda na tua mão
Sempre que a noite vier, quando não houver luar
Dá o desejo a uma onda qualquer e pede-lhe para eu voltar

Trago o destino das águas
No aguardar dos rochedos
Dizem que o tempo á que apaga as mágoas
Quem será que apaga os medos?

O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar

E se depois eu vier
Foi porque o mar te escutou
Deixa os sorrisos correrem pela praia
Que o temporal acabou
E havemos nós de fazer
Se a sorte está decidida
As mãos que nos têm presos a morte
São de quem nos prende à vida

Trago um coral de ansiedades
Por te querer saber deitada
Maior que a dor que vem nas tempestades
Ter de esperar pela chegada

O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar

Vou embalado pelo vento
Ando sem hora marcada
Na barca anda um lamento
Que nem eu sei de onde vem
Andam rezas pela praia
A aguardar pela chegada
Faz-se o destino cinzento
Sempre que a barca não vem
De ninguém... de ninguém...

O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar

sábado, 2 de abril de 2016

Vou Estar Aqui

Praia Monte Clérigo -Costa Vicentina


Mariza & Paulo de Carvalho - Mundo Inteiro

Todos te querem bem
mas tu não, mas tu não
todos te querem também
mas tu não, mas tu não
eu vou estar aqui, vou estar aqui
para quando tu
não quiseres ouvir
vou estar aqui, por ti...

Quando não tens ninguém
eu estou cá, eu estou cá
e quero-te também
tu não vês, tu não vês
eu vou estar aqui, vou estar aqui
para quando tu, não quiseres ouvir
vou estar aqui, por ti

Eu não quero
eu não quero, ver o mundo inteiro
pronto a esquecer que tem alguém
que não tem tratado bem

E quando me vejo ao espelho
e pergunto-me
quando é que esse espelho vai sorrir, porque

Eu não quero
eu não quero, ver o mundo inteiro
pronto a esquecer que tem alguém
que não tem tratado bem

E quando me vejo ao espelho
e pergunto-me
quando é que esse espelho vai sorrir,

Pra mim, pra mim
e pergunto-me
quando é que esse espelho vai sorrir
para mim

Eu não quero
eu não quero, ver o mundo inteiro
pronto a esquecer que tem alguém
que não tem tratado bem e...

Eu não quero
eu não quero, ver o mundo inteiro
pronto a esquecer que tem alguém
que não tem tratado bem

Eu não quero
eu não quero, ver o mundo inteiro

Eu não quero
eu não quero, ver o mundo inteiro
pronto a esquecer que tem alguém
que não tem tratado bem...