segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce
Uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto
Que há no ventre da mulher
Tu que dormes à noite na calçada do relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão, amigo, és meu irmão
E tu que dormes só o pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão, amigo, és meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce
Uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto
Que há no ventre da mulher
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão, amigo, és meu irmão
E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão, amigo, és meu irmão
Ary dos Santos
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Uma moda eu vou cantando
Fadinho Alentejano-Ricardo Ribeiro
Linda cara que tu tens já sei
Quando chegas noite fora
À espera à porta de casa
Está o teu pai que te adora
Lindos olhos tem o mocho... piu
Quando a noite vem chegando
Para deixar passar a noite
P’ra deixar passar a noite
Uma moda eu vou cantando
Muda a água às azeitonas
Rega bem os teus tomates
Tem lá cuidado com a horta
O cravo já está no vaso
Sim senhora, por acaso
Abalaste p’ra Lisboa pois
Deixaste-me ao pé da porta
Tu seguiste o teu caminho
Tu seguiste o teu caminho
A minha alma ficou torta
Quando cheguei ao Barreiro já fui
Lisboa estava fechada
Voltei p’ra casa a cantar
Voltei p’ra casa a cantar
Uma vida abençoada
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
Quando o amor se acabou
Quando o dia entardeceu
E o teu corpo tocou
Num recanto do meu
Uma dança acordou
E o sol apareceu
De gigante ficou
Num instante apagou
O sereno do céu
E a calma a aguardar lugar em mim
O desejo a contar segundo o fim.
Foi num ar que te deu
E o teu canto mudou
E o teu corpo do meu
Uma trança arrancou
O sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu
Dá-me o mar, o meu rio, minha calçada.
Dá-me o quarto vazio da minha casa
Vou deixar-te no fio da tua fala.
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada.
Quando o amor se acabou
E o meu corpo esqueceu o caminho onde andou
Nos recantos do teu
E o luar se apagou
E a noite emudeceu
O frio fundo do céu
Foi descendo e ficou
Mas a mágoa não mora mais em mim
Já passou, desgastei, p'ra lá do fim
É preciso partir
É o preço do amor
P'ra voltar a viver
Já nem sinto o sabor
A suor e pavor
Do teu colo a ferver
Do teu sangue de flor
Já não quero saber...
Dá-me o mar, o meu rio, a minha estrada,
O meu barco vazio na madrugada
Vou deixar-te no frio da tua fala
Na vertigem da voz quando enfim se cala
domingo, 27 de novembro de 2016
Celina Escuta (não me deslargues)
TAIS QUAIS - Olha a Noiva se Vai Linda (não me deslargues)
Celina já te casaste
Já o laço te apanhou
Deus queira que sempre digas
Se bem estava,
Se bem estava melhor estou
Olha a noiva se vai linda
No dia do seu noivado
Também eu queria ser,
Também eu queria ser casado
Ser casado e Ter juízo
Acho que é bonito estado
Ser casado e ter juízo
Acho que é bonito estão
Também eu queria ser,
Também eu queria,
Também queria ser casado
À luz daquela candeia
Foi feito o meu casamento
Ó candeia não t`apagues
Hás-de ser, hás-de ser um juramento
Tua boca é uma rosa
Os teus dentes as folhinhas
E essas duas faces mimosas
São duas são duas lembranças minhas
Também eu queria ser,
Também eu queria ser casado
Ser casado e Ter juízo
Acho que é bonito estado
Também eu queria ser,
Também eu queria,
Também queria ser casado
Também eu queria ser,
Também eu queria,
Também queria ser casado
Também eu queria ser,
Também eu queria,
Também queria ser casado
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Se um dia não voltar
Quando faltam as palavras, ficam pensamentos em excesso
Ninguém é Dono do Mar-Sebastião Antunes & Quadrilha
Se eu um dia não voltar
Desenha o meu nome no chão
Pede um desejo às ondas do mar
E guarda na tua mão
Sempre que a noite vier, quando não houver luar
Dá o desejo a uma onda qualquer e pede-lhe para eu voltar
Trago o destino das águas
No aguardar dos rochedos
Dizem que o tempo á que apaga as mágoas
Quem será que apaga os medos?
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
E se depois eu vier
Foi porque o mar te escutou
Deixa os sorrisos correrem pela praia
Que o temporal acabou
E havemos nós de fazer
Se a sorte está decidida
As mãos que nos têm presos a morte
São de quem nos prende à vida
Trago um coral de ansiedades
Por te querer saber deitada
Maior que a dor que vem nas tempestades
Ter de esperar pela chegada
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
Vou embalado pelo vento
Ando sem hora marcada
Na barca anda um lamento
Que nem eu sei de onde vem
Andam rezas pela praia
A aguardar pela chegada
Faz-se o destino cinzento
Sempre que a barca não vem
De ninguém... de ninguém...
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
Respostas engasgadas
Tudo na vida tem um antes e um depois
Tinhas palavras pra calar o mar
E até citavas quem basicamente
Esteve a citar as coisas que vinhas trazer.
Mas o que é que usaste para te defenderes?
Palavras não, nem uma!
E que lição nos dás
Por não responderes?
Eu já lá estava pra te negar,
Mas porque negaste tu próprio a missão
De te defenderes? Eu sei bem que eras capaz.
No vai ou racha foste a rachar
Corpo quebrado... e mudo.
Mas como imitar
Alguém que se calou?
E que lição nos dás
Por não responderes?
Ei-lo, verbo antigo, a suster a voz
Pra que o copo não passasse por nós.
Eis o rei dos réus, o agitador
E que lição nos dá mesmo sem falar.
Eras convite, também expulsão;
Tinhas o dedo pra pôr na ferida:
Nalguns pra sarar e noutros pra fazer doer
“Ei-lo, o homem”, “De onde é que vens?”
“Posso soltar-te” só que não.
E que extensão nos dás
Por não responderes!
E que lição nos dás
Por não responderes!
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Em frente
Caminhamos para a frente sem deixar de olhar para trás.
Os Quatro e Meia - Já Estou De Regresso, Amor
Sigo pela estrada, de surpresa,
De regresso a ti.
Vivo nessa cave de tristeza,
Desde que parti.
Tantas horas, tantos dias sem te encontrar.
Já percebo, no horizonte, o teu olhar!
Já estou de regresso, amor!
Vim com o vento, estou quase a chegar.
Já estou de regresso, amor!
Vim de longe a correr p'ra te abraçar!
Sigo em frente, que o caminho
é a tua voz que o faz.
Sussurrada, quente, no carinho
que o vento me traz.
Já estou de regresso, amor!
Já estou de regresso, amor!
Vim com o vento, estou quase a chegar.
Abre a janela, amor!
Vê-me, ao longe, a correr p'ra te abraçar!
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Apontar é Feio
ANAQUIM - Apontar é Feio (com Jorge Palma)
Trouxeste o olhar baço
Entre a tristeza e o cansaço
Dizes tudo aquilo que eu já sei
Dizes tudo aquilo que eu já sei
Errei mas eu também
Não prometi a ninguém
Ser eternamente a solução
Não prometi a ninguém
Ser eternamente a solução
Esqueceste a compaixão
Há pouco espaço p'ro perdão
Nem sei como to pedir
Tremeu a tua voz
Oscilar entre o ficar e ir
E a seguir
Tu chamaste-me traidor
Mas nem me importa esse teu dedo acusador
Pois sem rodeios
Sei bem que apontar é feio
Desapontar-te é pior
Perdeu-se o nosso espaço
Agora entregue ao embaraço
Mordeste o lábio, deste um passo atrás
Caminhas contrafeita
Como quem chama e rejeita
No teu jeito inocente de querer paz
Ficámos sem guião
Neste jogo de alevão
Em que se um desistir o outro perde
E eu sinto-me tão mal
Quem em mim a culpa corre e ferve
De nada serve
Tu chamaste-me traidor
Mas nem me importa esse teu dedo acusador
Pois sem rodeios
Sei bem que apontar é feio
Desapontar-te é pior
Tu chamaste-me traidor
Mas nem me importa esse teu dedo acusador
Pois sem rodeios
Sei bem que apontar é feio mas
Desapontar-te é pior
Desapontar-te é pior
domingo, 23 de outubro de 2016
Escolhas
Insistir ou desistir, ficar ao partir, são escolhas fazem de nós o que somos
Olhos que não veem, coração que não sente
Se pensarmos que vai doer
Ao dizer-me a verdade
Eu só terei de saber
A história pela metade
Porque olhos que não veem
É o coração não sente…
Já que o futuro é além
E o passado não mente
Podia ter sido tão diferente
Se fossemos no mesmo caminho
Pensa que ao ficar ou partir
Quem é que fica sozinho
Podia ter sido tão diferente
Se estivéssemos em sintonia
Hoje já somos os opostos
Como a noite e o dia…
Que direção a seguir
Qual é o polo e o lado?
Não sei que portal abrir
Será certo ou errado?
Amanhã é outro dia
Do princípio que escolhi
Melhor se calhar seria
Para mim e para ti…
Podia ter sido tão diferente
Se fossemos no mesmo caminho
Pensa que ao ficar ou partir
Quem é que fica sozinho
Podia ter sido tão diferente
Se estivéssemos em sintonia
Hoje já somos os opostos
Como a noite e o dia…
Podia ter sido tão diferente
Se estivéssemos em sintonia
Hoje já somos os opostos
Como a noite e o dia
Podia ter sido tão diferente
Se fossemos no mesmo caminho…
Pensa que ao ficar ou ao partir
Quem é que fica sozinho…
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Afinal
Uma palavra tão pequena faz toda a diferença, quando pronunciada.
Miguel Gameiro — Pequenas Coisas
Não sei das coisas do Mundo
dos interesses das nações
da defesa ou da estratégia
das grandes conspirações
Mas sei que são as coisas mais pequenas
aquelas que te fazem mais feliz
pequenas grandes coisas que são tanto
para ti
Não sei da 3ª guerra
da grande revolução
da tal invasão da terra
ou da globalização
Mas sei de uma palavra tão pequena
capaz do maior feito natural
dize-la faz tudo valer a pena, afinal
Eu vou dize-la assim sem qualquer medo
em toda a sua força e seu esplendor
há muito que deixou de ser segredo
Meu Amor
Nunca fui dado ás coisas do futuro
nem sou de olhar o chão que já pisei
mas sei que ao pé de ti eu vou seguro
estou bem
É bom saber que vamos lado a lado
que a vida está cheia de gente só
e mesmo sem saber onde nos leva
eu vou
eu vou
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
Não faz mal, vai sem medo
Vai sem medo
É de novo o começo
Que outra vez acontece
O horizonte escurece
Faz-se um grande sossego,
Não faz mal, vai sem medo
Não há preto nem branco
Nem há ninguém por perto
Que te possa ajudar
Vai depressa
E parte à descoberta
Porque a noite aparece
Nem há sombras no chão
E é tão grande o segredo
Não faz mal, vai sem medo
Não há preto nem branco
Nem há ninguém por perto
Que te possa guiar
Pensa grande
Num futuro distante
Em que possas mudar
Teu amor encontrar
Num caminho incerto
Não faz mal, vai sem medo
Não há preto nem branco
Nem há ninguém por perto
Só quem vais encontrar
Não faz mal, vai sem medo
Não há preto nem branco
Nem há ninguém por perto
Só quem vais encontrar
Num caminho incerto
Não faz mal, vai sem medo
Não há preto nem branco
Nem há ninguém por perto
Só quem vais encontrar
Não faz mal, vai sem medo
Não há preto nem branco
Nem há ninguém por perto
Só quem vais encontrar
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Cada passo
Costa Vicentina
“A vida oferece-nos, felicidade, sorrisos, sonhos tristezas e deceções.”
Quando o tempo for remendo,
Cada passo um poço fundo
E esta cama em que dormimos
For muralha em que acordamos,
Eu seguro
E o meu braço estende a mão que embala o muro.
Quando o espanto for de medo,
O esperado for do mundo
E não for domado o espinho
Da carne que partilhamos,
Eu seguro.
O sustento é forte quando o intento é puro.
Quando o tempo eu for remindo,
Cada poço eu for tapando
E esta pedra em que dormimos
Já for rocha em que assentamos,
Eu seguro.
Deixo às pedras esse coração tão duro.
Quando o medo for saindo
E do mundo eu for sarando
Dessa herança eu faço o manto
Em que ambos cicatrizamos
E seguro.
Não receio o velho agravo que suturo.
Abraços rotos, lassos,
Por onde escapam nossos votos.
Abraço os ramos secos,
Afago, a fogo, os embaraços
E seguro,
Alastro essa chama a cada canto escuro.
Quando o tempo for recobro,
Cada passo abraço forte
E o voto que concordámos
É o amor em que acordamos,
Eu seguro:
Finco os dedos e este fruto está maduro.
Quando o espanto for em dobro,
o esperado mais que a morte,
Quando o espinho já sarámos
No corpo que partilhamos,
Eu seguro.
O que então nascer não será prematuro.
Uníssonos no sono,
O mesmo turno e o mesmo dono,
Um leito e nenhum trono.
Mesmo que brote o desabono
Eu seguro,
Que o presente é uma semente do futuro.
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Sou Vida
Não há outro lugar onde queira ir, é aqui que eu quero ficar.
Sou o sol, sou a lua, sou a vida a florir
Sou canção, sou a rua, sou um homem a sorrir
Sou esperança que nasce, nascente de um rio
Sou ave, sou às, sou flor, sou navio
Sou povo que grita, liberdade acesa
Sou a tristeza que te faz sorrir
Deixo o mundo há minha espera
Sou o sol que ainda há-de vir
Sou chão, o papel, a prisão
Prisioneiro, sou luz e pincel
Terra verdadeira
Sou o mundo que gira
Sou o meu país
Saudade e pão
Conselho, amizade, sou teu irmão
Janela e espelho por onde te vês
Sou a tristeza que te faz sorrir
Deixo o mundo há minha espera
Sou o sol que ainda há-de vir
Que sem querer brilha lá fora
Sou a tristeza que te faz sorrir
Deixo ao mundo
Deixo-te esta canção de mim mesmo
Sou janela e espelho por onde te vês
Sou o sol que depois da chuva brilha outra vez
Sou amor, sou livre, sou fruto, poema
Sou bóia, sou vidro, sou história, sou tema
Sou aquele, sou teu mais uma vez
Sou a tristeza que te faz sorrir
Deixo o mundo há minha espera
Sou o sol que ainda há-de vir
Que sem querer brilha lá fora
Sou a tristeza que te faz sorrir
Deixo ao mundo
Deixo-te esta canção de mim mesmo
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Agora sei
Que só percebemos como os momentos foram especiais depois passado algum tempo!
Expensive Soul - Só Limar
Agora sei o que sinto sem ti (agora sei)
Não há néctar para tirar daqui (agora sei)
Agora sei onde é o meu lugar (agora sei)
Bem mais perto de ti quero estar (agora sei)
Agora eu sei como devia ser (agora sei)
Agora é tarde mas vou-te dizer
Eu já nem sei, o que pensar
Se o que eu quero é estar contigo, ohh
Eu não sei não, é só limar
Porque eu quero estar contigo, yeaah
Na na na na na
Agora sei o que custa ganhar (agora sei)
Já faz tempo que vou devagar (agora sei)
Agora eu sei que o relógio não para (agora sei)
Vou tentar não desperdiçar nada (agora sei)
Agora eu sei porque está sempre a chover (agora sei)
Agora é tarde para esmorecer
Eu já nem sei, o que pensar
Porque eu quero é estar contigo
Pois eu não sei não, é só limar
Porque eu quero estar contigo
É só limar
Por mais que saiba que me falta tudo
Fico no fundo
Cai-me o mundo
Às tantas moribundo
Só tu me deixas assim
Tens um poder sobre mim
Por mais que pense que tudo podia mudar
Tu não ias deixar
Até ias esperar
Temos tanto para dar
Nada por nada é em vão
Tudo tem mais que uma razão
De ser
Querer não é ter
É dar sem receber
Então: Dou uma, dou duas, dou três
Tens uma, tens duas, tens três
À terceira é de vez
Acabou-se o talvez
Na altura do mês
Sou sincero
Sei o que quero
Por ti eu espero
'Tou diferente
Efectivamente Mais consciente
Que agora é tarde, ficou tarde para sempre
Eu já nem sei, o que pensar
Porque eu quero é estar contigo
Pois eu não sei não, é só limar (mais um pouco)
Porque eu quero estar contigo
domingo, 11 de setembro de 2016
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
De repente
Perde-se muito tempo quando pensamos o que somos e o vamos ser.
Vesti a luz do teu nome
E chamei-te pela noite,
Entraste no meu sono
Como o luar entra na fonte.
Trazes histórias e proezas
Dizes que tens tanto para me dar,
Deixas sombras, incertezas,
E partes sem nunca me levar.
E de repente
Um mar sozinho,
Ninguém na margem
Ninguém no caminho,
Tão frio.
E o teu beijo
Mata-me a distância,
Ninguém tão perto
Pode o que o beijo alcança,
E o meu corpo chora
Quando o teu vai embora,
Porque o teu mundo
É tão longe,
Tão longe,
Pode o céu ser tão longe.
Tão longe,
Tão longe,
Se a tua voz vive em mim.
Há um deserto que fica,
Sou um capitão sem barco,
E quando vens pela bruma
Acendem-se estrelas no quarto.
E dizes:
Sou um capitão sem barco,
E quando vens pela bruma
Acendem-se estrelas no quarto.
E dizes:
"Trago a luz das sereias,
Trago o canto da tempestade".
Trago o canto da tempestade".
E como o vento na areia
Deitas-te em mim feita metade.
Deitas-te em mim feita metade.
E de repente
Um mar sozinho,
Ninguém na margem
Ninguém no caminho,
Tão frio.
E o teu beijo
Mata-me a distância,
Ninguém tão perto
Pode o que o beijo alcança,
E o meu corpo chora
Quando o teu vai embora,
Porque o teu mundo
Um mar sozinho,
Ninguém na margem
Ninguém no caminho,
Tão frio.
E o teu beijo
Mata-me a distância,
Ninguém tão perto
Pode o que o beijo alcança,
E o meu corpo chora
Quando o teu vai embora,
Porque o teu mundo
É tão longe,
Tão longe,
Pode o céu ser tão longe.
Tão longe,
Tão longe,
Se a tua voz vive em mim
Tão longe,
Pode o céu ser tão longe.
Tão longe,
Tão longe,
Se a tua voz vive em mim
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Ninguém chega se não for
O sentido da vida, é encontrar o próprio sentido.
Rogério Charraz | Põe de lado o GPS
Para ficarmos na demora
De um beijo devagar
Vou tirar-te a pulsação
E dizer-te ao coração
Que te quero viajar
Quero ir contigo agora
Tu e eu por ai fora
E vais ver que estamos perto
Quando a gente chegar lá
Tu vais ver como isto dá
Como tudo bate certo
Ninguém chega se não for
E não indo ninguém sabe
Se aquilo que nos cabe
Contas feitas é o amor
Já agora que aqui estamos
Vamos ver como nos damos
Nós os dois nesse lugar
Deixa lá essas razões
Porque só os corações
Sabem como lá chegar
Põe de lado o GPS
Vamos ver o que acontece
Indo nesta direcção
Porque eu tenho cá para mim
Que nós vamos dar por fim
Onde mora o coração
Ninguém chega se não for
E não indo ninguém sabe
Se aquilo que nos cabe
Contas feitas é o amor
Põe de lado o GPS
Vamos ver o que acontece...
quinta-feira, 28 de julho de 2016
O porquê
“Tudo tem um porquê, ou é o acaso que nos guia?"
Dá-me vontade de te ter a meu lado
Vendo-te a olhar para mim
Sei que estou apaixonado
Mas não posso ficar assim
Deitado num rochedo canto para ti
Como um pássaro livre que voa sem fim
Porque é que a vida nos trama?
Quando alguém se ama
Ter de partir e não poder sorrir
Porque é que choras?
Porque é que dizes o meu nome?
Sem nunca me poderes tocar
Tenho saudades de te ver
Vontade de te abraçar
Sozinho tocando uma guitarra junto ao mar
Recordo-me de ti
Imagino o porquê
A tua cara a flutuar
Porque é que a vida nos fascina
Tantas vezes nos domina
Acreditar que no amor não se sente a dor
Mas é Mentira, Mentira, Mentira, Mentira, Mentira...
Tenho saudades de te ver
Vontade de te abraçar
Sozinho tocando uma guitarra junto ao mar
Recordo-me de ti
Imagino o porquê
A tua cara a flutuar
Porque é que a vida nos fascina
Tantas vezes nos domina
Acreditar que no amor não se sente a dor
Mas é Mentira, Mentira, Mentira, Mentira, Mentira...
sexta-feira, 22 de julho de 2016
A vida tem pressa
O tempo é tão pouco e rápido, para ficarmos presos às indecisões.
Eu sei
Que a vida tem pressa
Que tudo aconteça
Sem que a gente peça
Eu sei
Eu sei
Que o tempo não para
O tempo é coisa rara
E a gente só repara
Quando ele já passou
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
Cantei
Cantei a saudade
Da minha cidade
E até com vaidade
Cantei
Andei pelo mundo fora
E não via a hora
De voltar p'ra ti
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Suei a semana inteira
Tantos anos a estudar para acabar desempregado
Ou num emprego da treta, mal pago
E receber uma gorjeta que chamam salário
Eu não tirei o Curso Superior de Otário
...não é por falta de empenho
Querem que aperte o cinto mas nem calças tenho
Ainda o mês vai a meio já eu estou aflito
Oh mãe fazias-me era rico em vez de bonito
É sexta-feira
Suei a semana inteira
No bolso não trago um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já
Eles enterram o País o povo aguenta
Mas qualquer dia a bolha rebenta
De boca em boca nas redes sociais
Ouvem-se verdades que não vêm nos jornais
Ter carro é impossível
Tive que o vender para ter combustível
Tenho o passe da Carris mas hoje estão em greve
Preciso de boleia, alguém que me leve
É sexta-feira
Suei a semana inteira
No bolso não trago um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já
É sexta-feira
Quero ir para a brincadeira
mas eu não tenho um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já
Basta ser honesto e eu aceito propostas
Os cotas já me querem ver pelas costas
Onde vou arranjar dinheiro para uma renda?
Não tenho condições nem pa alugar uma tenda
Os bancos só emprestam a quem não precisa
A mim nem me emprestam para mudar de camisa
Vou jogar Euromilhões a ver se acaba o enguiço
Hoje é sexta-feira vou já tratar disso
É sexta-feira
Suei a semana inteira
No bolso não trago um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já
É sexta-feira
Quero ir para a brincadeira
mas eu não tenho um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já
Bom bom bom bom
Já já já já
terça-feira, 5 de julho de 2016
Ser ou não ser
A vida é como um piscar de olhos, passa rápido.
É o ser ou não ser
É o ter ou não ter
É o tempo a passar
É o ar a faltar
É o querer ou não querer
E não ter de pensar
É o céu tão baixo
Que me faz ajoelhar
Às vezes sinto um peso
Que não é normal
À conta de um momento mau
Que dura, dura, dura
É o ser ou não ser
É o ter ou não ter
É o tempo a passar
É o ar a faltar
E não sair de casa
Nem falar com ninguém
Não ter nada pra dizer
Nem a ti nem a quer vier
Às vezes sinto um peso
Que não é normal
À conta de um momento mau
Que dura, dura, dura
Estou aqui parado
Sem poder ir
A nenhum lado
Fico sem ti...
Tão bloqueado.
domingo, 26 de junho de 2016
Do princípio ao fim
“O verdadeiro nome do amor é cativeiro.”
Ela gosta de mim assim
Há terra à vista
Hey maquinista prego a fundo
Que o inverno não é a minha estação
Mesmo o Outono dá tanto sono
Alarme só na Primavera
E nunca durmo no verão
Acordo tarde e perco a hora
Mundo lá fora
Dizem que eu sou um caso estranho
A ovelha mais negra do rebanho
Ela gosta de mim assim
Ela é perfeita para mim
Ela gosta de mim assim
Do princípio ao fim
Sou ave rara
Sou fruta cara
Fugi dessa gaiola
Não sou de cativeiro
E assim eu fiz
Fui, ser feliz
Ser feliz é trabalho que dura o ano inteiro
E troco tudo por um beijo
Quando te vejo
Leva o meu ouro, meu marfim, meu sol, uma bola de Berlim
Este caminho é só meu
Olhos postos no céu
E o que eu tenho é tão pouco, mas tudo que tenho é teu
Vamos…
Ela gosta de mim assim
Ela é perfeita para mim
Ela gosta de mim assim
Do princípio ao fim
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Prazer
D'Alma - Cada Dia Sem Gozo Não Foi Teu
Cada Dia sem Gozo não Foi Teu
Cada dia sem gozo não foi teu
Foi só durares nele. Quanto vivas
Sem que o gozes, não vives.
Não pesa que amas, bebas ou sorrias:
Basta o reflexo do sol ido na água
De um charco, se te é grato.
Feliz o a quem, por ter em coisas mínimas
Seu prazer posto, nenhum dia nega
A natural ventura!
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
segunda-feira, 13 de junho de 2016
Papoila Lilás
perdem de vista, a papoila-dormideira é lilás e igualmente bonita.
UHF - Foge Comigo Maria
Foge comigo Maria, foge comigo Maria
Para longe desta terra
Meu amor, pra toda a vida, meu amor p'ra toda a vida
É a paixão que nos leva
Foge comigo Maria
Foge comigo Maria, já
Se tu fosses girassol, se tu fosses girassol
Eu seria beija-flor
Nesta cama sem lençol, nesta cama sem lençol
Se repete o nosso amor
Deita fora esse lenço, deita fora esse lenço
Não te quero a chorar
Se o teu pai é burro-velho, se o teu pai é burro-velho
Só nos resta não voltar
Foge já...
De quem são estas palavras
Que me escreves meu amor
Se o vento seca as lágrimas
Não me cala esta dor...
Foge comigo Maria
Morre comigo Maria
Foge comigo Maria, já
quinta-feira, 9 de junho de 2016
Rosa Albardeira
Pessoas são como as rosas, esperam encontrar os seus jardineiros.
Vi uma rosa-albardeira
Ai se eu pudesse colhia-a
Mas disse-me um passarinho
Que se a colhesse morria
Que se a colhesse morria
Pois não se dá prisioneira
Meu amor, eu não sabia
Que eras a rosa-albardeira
Fui-te a ver e não voltei
Deixei pai, deixei mãe
E a casa onde nasci
És para mim a primeira
Queira deus ou não queira
Já não me largo de ti
Fui-te a ver ao pé da serra
A tua rosa foi minha
E semeei-te na terra
À noite pela fresquinha
Um dia quando eu partir
Fica a nossa sementeira
De nós dois há-de florir
Mais uma rosa-albardeira
Fui-te a ver e não voltei
Deixei pai, deixei mãe
E a casa onde nasci
És para mim a primeira
Queira deus ou não queira
Já não me largo de ti
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Tempo Esgota
Há receios que mais parecem desejos!
Vá lá senhora chegou a hora
Vá lá senhora chegou a hora de escolher o seu par
De escolher o seu par
Alguém para amar, alguém para amar
Vá lá senhora a hora é pouca
Vá lá senhora que o tempo esgota
Vá escolher o seu par
Vá escolher o seu par
Alguém para amar, Alguém para amar
Do sofrimento a condição, sobre o pavimento da escuridão.
Raparigas e rapazes, monumentos tão audazes
Há azul na tua mão
Sangue inocente, palpitação
Alegria, tradição, euforia, excitação
Pra escolher o seu par
Pra escolher o seu par
Alguém para amar, alguém para amar
Vá lá senhora a hora é pouca
Vá lá senhora que o tempo esgota
Vá escolher o seu par
Vá escolher o seu par
Alguém para amar, Alguém para amar.
sexta-feira, 27 de maio de 2016
Um mar sozinho
Pode O Céu Ser Tão Longe
Pedro Abrunhosa
Vesti a luz do teu nome
E chamei-te pela noite,
Entraste no meu sono
Como o luar entra na fonte.
Trazes estórias e proezas
Dizes que tens tanto para me dar,
Deixas sombras, incertezas,
E partes sem nunca me levar.
E de repente
Um mar sozinho,
Ninguém na margem
Ninguém no caminho,
Tão frio.
E o teu beijo
Mata-me a distância,
Ninguém tão perto
Pode o que o beijo alcança,
E o meu corpo chora
Quando o teu vai embora,
Porque o teu mundo
É tão longe,
Tão longe,
Pode o céu ser tão longe.
Tão longe,
Tão longe,
Se a tua voz vive em mim.
Há um deserto que fica,
Sou um capitão sem barco,
E quando vens pela bruma
Acendem-se estrelas no quarto.
E dizes:
"Trago a luz das sereias,
Trago o canto da tempestade".
E como o vento na areia
Deitas-te em mim feita metade.
E de repente
Um mar sozinho,
Ninguém na margem
Ninguém no caminho,
Tão frio.
E o teu beijo
Mata-me a distância
Ninguém tão perto
Pode o que o beijo alcança,
E o meu corpo chora
Quando o teu vai embora,
Porque o teu mundo
É tão longe,
Tão longe
Pode o céu ser tão longe.
Tão longe,
Tão longe
Se a tua voz vive em mim.
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Fico Imóvel
Armação de Pera-Algarve
Xutos & Pontapés- Perfeito Vazio
Aqui estou eu
Sou uma folha de papel vazia
Pequenas coisas
Pequenos pontos, vão-me mostrando o caminho
Às vezes aqui faz frio,
Às vezes eu fico imóvel,
Pairando no vazio
Às vezes aqui faz frio
Sei que me esperas
Não sei se vou lá chegar
Tenho coisas pra fazer
Tenho vidas para acompanhar
Às vezes lá faz mais frio,
Às vezes eu fico imóvel,
Pairando no vazio
Perfeito vazio
Às vezes faz lá mais frio
Bem vindos à minha casa
Ao meu lar mais profundo
Onde eu saio por vezes
A conquistar o mundo
Às vezes tu tens mais frio
Às vezes eu fico imóvel
Pairando no vazio
No perfeito vazio
Às vezes lá faz mais frio
O teu peito vazio...
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Mais vale morder um desejo
Tudo Por Um Beijo -Jorge Palma
Eu não sei bem quem tu és
Sei que gosto dos teus pés
Do teu olhar atrevido
Tu baralhas-me a razão
Invades-me o coração
E eu ando um pouco perdido
Troco tudo por um beijo
Mais vale morder um desejo
Que ter toda a fama do mundo
Troco tudo por um beijo
Mais vale morder um desejo
Que todo o dinheiro do mundo
Adivinha onde eu cheguei
Desde o tempo em que roubei a tua privacidade
Fiz de ti lírio quebrado
Fera de gesto acossado, vendi a tua ansiedade
Troco tudo por um beijo
Mais vale morder um desejo
Que ter toda a fama do mundo
Troco tudo por um beijo
Mais vale morder um desejo
Que todo o dinheiro do mundo
E agora que estamos sós, vamos ser apenas nós
Dar a volta ao argumento
Vamos fugir em segredo
Sumir por entre o enredo, soltar o cabelo ao vento
Troco tudo por um beijo
Mais vale morder um desejo
Que ter toda a fama do mundo
Troco tudo por um beijo
Mais vale morder um desejo
Que todo o dinheiro de mundo
quinta-feira, 5 de maio de 2016
Não Consigo
Dengaz-Dizer que não
Eu queria dizer que não,
Mas estou contigo,
Eu queria dizer que não,
Mas não consigo..
Eu queria dizer que não!
Yeah!,
Eu sorria porque era p'ra sempre,
Hoje eu estou com uma cara diferente,
A ver no que nos estamos a tornar,
Mas se me quiseres mudar ou trocar eu vou-te encarar de frente!
Deste-me uma chance e eu não hesitei,
O número do teu mundo e eu fixei,
Mas na verdade também sei,
Que sou do tipo que só dou valor aquilo que tenho quando fico sem,
E se isto aqui for por vaidade,
Então desculpa mas não vai dar,
É que p'ra mim não faz sentido, eu continuar contigo se o que temos não for de verdade!
Ela tem dedicatória e tu dedicação,
E o que valia um obrigado, agora é obrigação,
Mas sei que nada mas nada aqui foi em vão,
Mas hoje..
Eu queria dizer que não
Mas estou contigo
Eu queria dizer que não
Mas não consigo
Eu queria dizer que não!
Eu não nasci p'ra ficar sem ti.
Mas só p'ra nos é que isso faz sentido,
E não são os bens que tu me dás,
Nem o medo que tu mudares,
É aquilo que tu me fazes sentir,
E eu nem sei se te ouvi, mas
Quando tu não tas não sei se tou vivo, e
Amor igual ao teu eu sei que eu nunca tive, e
O teu lugar em mim eu sei que esse é cativo, e
Venha o que vier a nossa historia não acaba aqui,
Desde o principio que o que eu senti foi o que eu segui,
Contra tudo e todos mas agora não tou a conseguir,
Vê-la deitada na minha cama e eu pensar em ti,
Se a realidade é maior do que a ficção,
As palavra que eu te digo ao ouvido eu já vi que são,
De verdade e p'ra marcar p'ra sempre a nossa ligação,
Mas hoje..
Eu queria dizer que não
Mas estou contigo
Eu queria dizer que não
Mas não consigo
Não tenho cara, nem tenho lata,
Não tenho nada,
E o tempo pára quando eu te encaro,
Só p'ra dizer pára,
E eu cobarde, paro e comparo,
Que o amor sem fogo não arde,
É só tara, agora é tarde,
P'ra dizer que não,
Então se eu bazar sem te avisar,
Nem dizer nada,
Sem saberes que eu já tou farto,
Nem escrever última carta,
E eu sei que és tu quem me pagas,
Mas hoje és tu quem me apagas,
E se agora só me estragas,
Então sorry mas comigo,
Não!
Eu queria dizer que não
Mas estou contigo
domingo, 1 de maio de 2016
Outra Vez Acontece
Resistência - Vai sem Medo
Vai sem medo
É de novo o começo
Que outra vez acontece
O horizonte escurece
Faz-se um grande sossego,
Não faz mal, vai sem medo
Não há preto nem branco
Nem há ninguém por perto
Que te possa ajudar
Vai depressa
E parte à descoberta
Porque a noite aparece
Nem há sombras no chão
E é tão grande o segredo
Não faz mal, vai sem medo
Não há preto nem branco
Nem há ninguém por perto
Que te possa guiar
Pensa grande
Num futuro distante
Em que possas mudar
Teu amor encontrar
Num caminho incerto
Não faz mal, vai sem medo
Não há preto nem branco
Nem há ninguém por perto
Só quem vais encontrar
Não faz mal, vai sem medo
Não há preto nem branco
Nem há ninguém por perto
Só quem vais encontrar
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Expressões Únicas
Em tempos sós, é quando pedaços de amor batem à porta
Em tempos sós, é quando a palavra liberdade parece prisão
Em tempos sós, o relógio avança sem ponteiros de segundos
Em tempos sós, o meu sorriso fraqueja
Em tempos a sós, descobrem-se sorrisos e expressões únicas
Em tempos a sós, a liberdade serve de escudo e de lança
Em tempos a sós, parece que a história ainda agora começou
Em tempos a sós, como criança ansioso por te ver
'Olá' dizes tu sem pedir permissão ao meu coração para entrar
E a minha mão quer tatuar no teu corpo, que me seduz,
A luz que me pedes ao ouvido para apagar
Em tempos, nós, olhámos um para o outro à espreita da janela
Em tempos, nós, sonhámos um com o outro sem Freud perceber
Em tempos, nós, contámos o sonho às orelhas alheias
Em tempos, nós, pensámos na situação
Em tempos após, acreditei que a liberdade tinha teu nome
Em tempos após, juraste que o meu nome era prisão
Em tempos após, fechaste a janela que nunca quiseste abrir
Em tempos após, como criança ansioso por te ver
‘Olá! ‘, dizes tu sem pedir permissão ao meu coração para entrar
E a minha mão quer tatuar no teu corpo, que me seduz,
A luz que me pedes ao ouvido para apagar
Em tempos houve momentos em que acreditei que os ventos da tua raça se podiam misturar com o meu ser.
Mas a luz que apaguei fez a chuva limpar a minha tatuagem no teu corpo sem luz
quinta-feira, 21 de abril de 2016
Enquanto houver ventos e mar
Jorge Palma - A Gente Vai Continuar
Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem á batota
Chega a onde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota
Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo
Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Pronto a respirar
Ilha da Fuseta
Nesta Praia não se deixa nada, a não ser pegadas
Nesta praia não se leva nada, a não ser saudades
Nesta praia não se mata nada, a não ser o tempo
Nesta Praia não se tira nada, a não ser fotografias
Quase perto
Quase a ter-te amor
Quase certo
Já sinto o sabor
Já não durmo
Já nem falo em dor
Eu desperto
Já vejo o calor
Sei de cor o prazer de voltar
É contigo afinal
Vou perder-me de vez sem pudor
Já vejo o amor
Cai neste abraço que é só teu
Que é tão forte o meu desejo
Mar salgado no meu beijo
Vem
Faz de conta que és só meu
De um adeus que não se encontra
Mar salgado de revolta
Quase perto
Quase a viajar
Mergulho incerto
Pronto a respirar
Sei de cor o prazer de voltar
É contigo afinal
Vou perder-me de vez sem pudor
Já vejo o amor
Cai neste abraço que é só teu
Que é tão forte o meu desejo
Mar salgado no meu beijo
Vem
Faz de conta que és só meu
De um adeus que não se encontra
Mar salgado de revolta
Cai neste abraço que é só teu
Que é tão forte o meu desejo
Mar salgado no meu beijo
Vem
Faz de conta que és só meu
De um adeus que não se encontra
Mar salgado de revolta
quarta-feira, 13 de abril de 2016
Sigo
Hoje Eu Não Sou - David Fonseca
Abre os olhos são seis da tarde
De um dia que já passou
Acordei dentro de um corpo dormente
Tão igual ao que se deitou
Hoje eu não sou
Transparente tão ausente
Já esqueci tudo o que lembrei
Hoje eu não sou
Quase nada alma apagada
E tenho tanto que ainda não dei
Saio de casa passo apressado
Mas não sei bem para onde vou
Sigo a calçada, mas está desfocada
Tanta gente que aqui já passou
Hoje eu não sou
Quase morto controlo remoto
Sou boneco à tua mercê
Hoje eu não sou
De joelhos bola de espelhos
Dá-me luz mas nunca me vê
Hoje eu não sou
Hoje eu não estou
Sou um fantasma de um desejo
Sou só uma boca sem teu beijo
Hoje eu não sou
Hoje eu não estou
Sou uma chaga sempre aberta
E o teu abraço só aperta onde eu não sou
Ponho dois pratos na mesa um retrato
Em que sorris para quem o tirou
Faço as perguntas dou as respostas
Tu já foste eu ainda aqui estou
Hoje eu não sou
Já deitado farol apagado
Quarto escuro não sei de quem
Hoje eu não sou
Uma prece só reconhece
A tua voz e a de mais ninguém
Hoje eu não sou
Hoje eu não estou
Sou um fantasma de um desejo
Sou só uma boca sem teu beijo
Hoje eu não sou
Hoje eu não estou
Sou uma chaga sempre aberta
E o teu abraço só aperta onde eu não sou
O teu abraço só aperta onde eu não estou
Onde estás
No escuro eu não te vejo
Tudo me faz
Lembrar de ti mas não te tenho
quinta-feira, 7 de abril de 2016
Vale Figueira-Costa Vicentina-Algarve
Sebastião Antunes e Quadrilha - Ninguém é Dono do Mar
Se eu um dia não voltar
Desenha o meu nome no chão
Pede um desejo às ondas do mar
E guarda na tua mão
Sempre que a noite vier, quando não houver luar
Dá o desejo a uma onda qualquer e pede-lhe para eu voltar
Trago o destino das águas
No aguardar dos rochedos
Dizem que o tempo á que apaga as mágoas
Quem será que apaga os medos?
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
E se depois eu vier
Foi porque o mar te escutou
Deixa os sorrisos correrem pela praia
Que o temporal acabou
E havemos nós de fazer
Se a sorte está decidida
As mãos que nos têm presos a morte
São de quem nos prende à vida
Trago um coral de ansiedades
Por te querer saber deitada
Maior que a dor que vem nas tempestades
Ter de esperar pela chegada
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
Vou embalado pelo vento
Ando sem hora marcada
Na barca anda um lamento
Que nem eu sei de onde vem
Andam rezas pela praia
A aguardar pela chegada
Faz-se o destino cinzento
Sempre que a barca não vem
De ninguém... de ninguém...
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
O mar não e de ninguém
Ninguém e dono do mar
Nem aqueles que la sabem navegar
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