sábado, 30 de novembro de 2013

Olhar Perdido

 
 
 
Num olhar perdido, descobrimos que há pessoas que nos roubam… outras que nos devolvem.   
 
A chave

Traz-me de volta esse olhar perdido
Não me revolta ser um Sol escondido
Não vás atrás do que às vezes digo
Faço de tudo para ficar contigo

Por puro acaso,
Verdade ou destino,
Ou qualquer poder divino
Encontrei enfim
A chave que abria o amanhã…

Traz-me de volta esse olhar perdido
Não me revolta ser um Sol escondido
Não vás atrás do que às vezes digo
Faço de tudo para ficar contigo

Renasce a luz
Na noite sombria
É a manhã que se anuncia
E era em ti que estava
A chave que abria o amanhã…

Traz-me de volta esse olhar perdido
Não me revolta ser um Sol escondido
Não vás atrás do que às vezes digo
Faço de tudo para ficar contigo
 
 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Direção


Sempre em frente, não importa em que direção, ou importa?  

Linhas Cruzadas

Reajo a esse incomodo olhar
Nem quero acreditar
Que vem na minha direção
Há dias que estou a reparar
Nem queres disfarçar
Roubas a minha atenção
Aprecio o teu dom de tornar
Num clique o meu falar
Numa total confusão
Confesso que só de imaginar
Que te vou encontrar
Me sobe à boca o coração
E falas de ti
E Falas do tempo
Prolongas o momento
De um simples cumprimentar
Falas do dia
Falas da noite
Nem sei que responda
Perdido no teu olhar


É certo que sempre ouvi dizer
Que do querer ao fazer
Vai um enorme esticão
Mas haverá quem possa negar
Que querer é poder
E o nunca é uma invenção
Bem sei que este nosso cruzar
Pode até nem passar
De um capricho sem valor
Mas porque raio hei-de evitar
Se esse teu ar
Me trouxe ao sangue calor


E falas de ti
E Falas do tempo
Prolongas o momento
De um simples cumprimentar
Falas do dia
Falas da noite
Nem sei que responda
Perdido no teu olhar

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Vento

O vento e as ondas estão sempre a favor dos navegantes mais aventureiros, se não sabe navegar, não se torne um navegante da ilusão.


Caso fado
Trago no peito segredos
Amores confessos, ocultos desejos
O tempo apressado, o beijo partido
Inteiro aos pedaços da vida eu duvido
Trago no peito um segredo
Dos mares que desafio.

Trago no peito o meu mundo
Fagulha, centelha, amor vagabundo
Que bate calado o seu bate fundo
E sempre navega pro mesmo lugar
Trago no peito um segredo
Dos mares por navegar

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Aparência

É errado julgar pela aparência, todos sabemos que no dia-a-dia juga-se mais pela aparência do que pelo carácter da pessoa.

 
Concordância

Eu sou um pronome
Um pronome pessoal
Sou a primeira pessoa
Do sujeito singular
Ele é um pronome
Igualmente pessoal
E quer que eu me junte a ele
Numa relação plural

Mas onde está o meu substantivo?
E que verbos posso ambicionar?
Chamem-me nomes, maus adjetivos
Se é p'ra pior eu não vou mudar

Eu sou um pronome
Um pronome pessoal
Sou a primeira pessoa
Do sujeito singular
Ele é um pronome
Igualmente pessoal
E quer que eu me junte a ele
Numa relação plural

Mas eu não sou artigo indefinido
Nem um coletivo, nem um numeral
Eu tenho nome e p'ra mim exijo
Mais concordância gramatical

Sou um sujeito
Procuro um verbo
E um bom complemento direto
Quero frases afirmativas
E não viver em voz passiva

Somos sujeitos
Queremos verbos
Bons complementos diretos
Queremos frases afirmativas
E emoções superlativas

Somos sujeitos
Queremos verbos
Bons complementos diretos
Queremos frases afirmativas
E emoções superlativas

Eu sou um pronome
Um pronome pessoal
Sou a primeira pessoa
Do sujeito singular
Ele é um pronome
Igualmente pessoal
E quer que eu me junte a ele
Numa relação plural
 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Partida


A partida é dolorosa mas não desfaz o sentimento.  
 
O Barco Vai de Saída
O barco vai de saída
Adeus ó cais de alfama
Se agora vou de partida
Levo-te comigo ó cana verde
Lembra-te de mim ó meu amor
Lembra-te de mim nesta aventura
P´ra lá da loucura
P´ra lá do equador
Ah! mas que ingrata ventura bem me posso queixar
Da pátria a pouca fartura
Cheia de mágoas ai quebra mar
Com tantos perigos ai minha vida
Com tantos medos e sobressaltos
Que eu já vou aos saltos
Que eu vou de fugida
Sem contar essa história escondida
Por servir de criado a essa senhora
Serviu-se ela também tão sedutora
Foi pecado
Foi pecado
E foi pecado sim senhor
Que vida boa era a de lisboa
Gingão de roda batida
Corsário sem cruzado
Ao som do baile mandado
Em terras de pimenta e maravilha
Com sonhos de prata e fantasia
Com sonhos da cor do arco-íris
Desvairas se os vires
Desvairas magia
Já tenho a vela enfunada
Marrano sem vergonha
Judeu sem coisa sem fronha
Vou de viagem ai que largada
Só vejo cores ai que alegria
Só vejo piratas e tesouros
São pratas são ouros
São noites são dias
Vou no espantoso trono das águas
Vou no tremendo assopro dos ventos
Vou por cima dos meus pensamentos
Arrepia
Arrepia
E arrepia sim senhor
Que vida boa era a de lisboa
O mar das águas ardendo
O delírio dos céus
A fúria do barlavento
Arreia a vela e vai marujo ao leme
Vira o barco e cai marujo ao mar
Vira o barco na curva da morte
Olha a minha sorte
Olha o meu azar
E depois do barco virado
Grandes urros e gritos
Na salvação dos aflitos
Esfola, mata, agarra
Ai quem me ajuda
Reza, implora, escapa
Ai que pagode
Reza tremem heróis e eunucos
São mouros são turcos
São mouros acode
Aquilo é uma tempestade medonha
Aquilo vai p´ra lá do que é eterno
Aquilo era o retrato do inferno
Vai ao fundo
Vai ao fundo
 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Depende do Saber


A felicidade não depende dos bens materiais, depende do saber construir e partilhar o momento.
 
Eu Sou Feliz
Do lado de lá, não dá para te ver
Do lado de lá, não dá para te encontrar
Do lado de lá, não sou feliz
É perto de ti que quero estar
Do lado de cá, vivo nas nuvens
Do lado de cá, fico a levitar
Do lado de cá, eu sou feliz
E sonho contigo assim ficar
Eu sou feliz
Eu sou feliz
perto de ti, e é bom, é bom estar
Do lado de cá, não há problemas
Do lado de cá, vão-se os dilemas
Do lado de cá, já sou feliz
É tão bom amar, diz-me ao ouvido diz
Eu sou feliz
Eu sou feliz
perto de ti, e é bom, é bom estar
Vamos gritar ao mundo
Eu sou tão feliz
Eu sou feliz
Eu sou feliz
perto de ti, e é bom, é bom estar.
 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

103 anos


Se em cada uma das idades tem o seu prazer e a sua dor, Porque havemos de desanimar por causa da idade?
 
A velhice
(Olavo Bilac)
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,

Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Ultrapassar


A verdade é o que fica depois de se ultrapassar os naufrágios, ventos e tempestades.
 
 
Gosto de ti
Gosto de ti quando te ris és tão bonita
Gosto de ti
Quando tu vens
Quando tu vens
Olhas para mim
Sentas-te aqui
És tão bonita
E não te ter
Mas ter que ver o teu sorriso em todo o lado
Só faz doer
Um coração tão trapalhão, apaixonado
 

domingo, 10 de novembro de 2013

Navegar


Não deixes de navegar, o mar é o teu assentamento, é o teu tudo, é a tua chance de alcançar a felicidade.
 
 
 
Segredos do Mar
Ta kohília ihoúne tis thálassas to rithmó
I palíria férni éna grámma érotikó
Sto paráthiro mou vlépo éna plío na perná
O naftis fonázi antío apó makriá
Os búzios soam o ritmo das marés
A preia-mar dá à costa uma carta de amor
Da minha janela vejo um navio a passar
Um marinheiro lá bem longe diz adeus
A Lua guarda eternos segredos
Mais profanos da nossa paixão
O Mar liberta e solta os medos
Que se escondem no teu coração
Mátia mou, Na horevis se kitó
Ta mátia sou, In tou féggariou to fos
To grámma élege agápi mou tha fígo
Na érthi elpízo i méra na se xanadó
Tin kardiá sou kitó sto feggári pou hámogelái
I thálassa akóma to áromá sou kratái
A carta dizia amor vou partir
Oxalá um dia te volte a encontrar
No sorriso da lua vejo o teu coração
Ainda sinto o teu cheiro na brisa do mar
A Lua guarda eternos segredos
Mais profanos da nossa paixão
O Mar liberta e solta os medos
Que se escondem no teu coração
Mátia mou, Na horevis se kitó
Ta mátia sou, In tou féggariou to fos
 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Conta-me!


“Quantas historias tens? De onde Vens? Para onde vais? Quantas vezes rasgaste as nuvens?”


 
 
Anda Comigo Ver Os Aviões
Anda comigo ver os aviões levantar voo
A rasgar as nuvens
Rasgar o céu
Anda comigo ao porto de leixões ver os navios
A levantar ferro
A rasgar o mar
Um dia eu ganho a lotaria
Ou faço uma magia
Mas que eu morra aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo,
O quanto eu gosto de ti
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à América
Nem que eu leve a América até ti
Anda comigo ver os automóveis à avenida
A rasgar nas curvas
A queimar pneus
Um dia vamos ver os foguetões levantar voo
A rasgar as nuvens
Rasgar o céu...
Um dia eu ganho o totobola
Ou pego na pistola
Mas que eu morra aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo
O quanto eu gosto de ti
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à lua
Nem que eu roube a lua,
Só para ti
Um dia eu vou jogar à bola
Ou vendo esta viola
Nem que eu morra aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à América
Nem que eu leve a América até ti

domingo, 3 de novembro de 2013

Sanlúcar de Guadiana-Espanha


O Dia Virá
Para não se perder a expectativa de melhores dias, procura-se a felicidade e não perfeição.


Não me percas
Sei que nem vais tentar entender,
Ouvir um "mas" que eu possa dizer,
Sei que nem vais olhar-me sequer,
Ver quem eu sou...


Mesmo se grito ao longe,
E te perco enquanto foges,
Acabo aqui sentado do lado de cá...

Sei que não vais conseguir ver,
Sou o que não tem mais a perder...
Sei que nem vais compreender,
Sou o que não se importa
De ficar à porta em vão...

E o dia virá, sei que devagar,
Será um só e pronto a escapar,
Passas por mim, ou finges que sim,
Prendo-te ali...

E quando estiveres bem perto,
E te toco em jeito incerto,
Faço de ti um outro pedaço de mim...

Sei que não vais conseguir ver,
Sou o que não tem mais a perder...
Sei que nem vais compreender,
Sou o que não se importa de ficar
À porta em vão...