“A vida não é mais do que uma
contínua sucessão de oportunidades para sobreviver”
Gabriel García Márquez
Berg-Chuva
As coisas vulgares que há na
vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
Da história da gente
E outras de quem nem o nome
Lembramos ouvir
São emoções que dão vida
À saudade que trago
Aquelas que tive contigo
E acabei por perder
Há dias que marcam a alma
E a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste
Não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... Meu choro de moça perdida
Gritava à cidade
Que o fogo do amor sob chuva
Há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
Meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade