Galopim -
Glória
Moeda ao
ar escolho eu, a montra é minha o recheio é teu….
Pisco um
olho e num sorriso dou o dito por não dito, compro um conflito.
Posso ser
o galopim, faço o recado só por ser para ti.
Cerro as
mãos, encosto a testa, na vidraça que resta…..
Não me peças
pra ficar, quando tudo á minha volta já ardeu
Sem folgo
subo ao último andar, Depressa vem comigo
Diz-me que
está para chegar, sinto o silêncio preso por um fio
E de novo
a terra escureceu, de novo me engoliu
O sono
esconde o que há pra ver,
O sonho
lembra o que há prá esquecer
Sem pedir
fosse o que fosse,
Cuspo, ao
me saber tão doce
Não me
peças pra ficar, quando tudo á minha volta já ardeu
Sem folgo
subo ao último andar, Depressa vem comigo
Diz-me que
está para chegar, sinto o silêncio preso por um fio
E de novo
a terra escureceu, de novo me engoliu
Dancei
ballet num cabaret
Em
compasso assustador
Expulsando
tudo ao redor
Pé ante pé
vou sabendo é o fim
Não me
peças pra ficar
Se tudo há
minha coloriu
Moro no
topo do último andar
Sobe vem
comigo e diz-me que nos vai inundar como se de chuva se tratasse em pleno abril
Pra nos
levar à glória.