Visite
de Francisco Oliveira
Abre o baú de memórias, foge do remorso,
Porque a culpa anda atrás de nós
Vê as polaroides de histórias, pesam no teu dorso
Ouço cicatrizes na tua voz
Temos marcas do que já foi, do que nunca chegou a ser
Antes da emergência do fim
Tenta libertar-te de ideias de interinidades desperdiçadas
Mas, o infinito ecoa dentro de mim
Já não podes apagar o passado que está escrito
Mas podes descrever o futuro que imaginas
Tu podes tentar criar, o cenário que defines
Mas tens mesmo que querer, tens mesmo que querer
Tira as imagens das molduras
São lembranças lancinantes, podem magoar-te
Tem cuidado, não queiras perder-te
E a vaidade podem enganar-te
É subtil, mas vai alcançar-te. Fazer-te tropeçar só mais uma vez
Tu juras que é a última vez, eu sou testemunha daquilo que vês,
Daquilo que dizes, daquilo que crês, não queiramos acreditar
Que não há fantasmas por de trás dos porquês
Há promessas que se foram, atraiçoadas pela máxima: a intenção é que conta
Palavras esvaneceram-se no ar,ar,ar, ar…
Já não podes apagar o passado que está escrito
Mas podes descrever o futuro que imaginas
Tu podes tentar criar, o cenário que defines
Mas tens mesmo que querer, tens mesmo que querer